Nos primeiros indícios da pandemia do coronavírus, a recomendação inicial foi o isolamento social, a utilização de máscaras e uso de álcool em gel constantemente.
Acreditava-se que o isolamento social resolveria a rapidez na transmissão do coronavírus, evitando a sobrecarga no sistema de saúde, porém, não foi oque constatou-se no ano de 2021, ou seja, após um ano de isolamentos constantes.
O que verificamos foi que após mais de um ano da pandemia, não há controle efetivo da doença, foram realizados isolamentos constantes que não ajudaram na redução de casos, e o que vemos atualmente são problemas sociais e emocionais, que atinge toda a sociedade.
Infelizmente os mais atingidos são as pessoas de baixa renda, principalmente a população com mais de 60 anos, que recebe ou não a aposentadoria de um salário mínimo, não podem sair de casa para trabalhar, pois a maioria faz parte do grupo de risco.
Os mais prejudicados são os idosos que abdicam do convívio social, principalmente com suas famílias, e sofrem com a solidão, se sentem aprisionados e abandonados. Ainda que o isolamento seja em prol da segurança deles em não ficarem doentes, eles não possuem discernimento para entender essa realidade, e sofrem com isso.
No fim, estamos diante de idosos com problemas físicos e emocionais gravíssimos a resolver.
Quais as reais consequências do isolamento?
- Solidão
- Abandono
- Tristeza
Estas consequências geram depressão e ansiedade, que são sintomas comuns em nossa realidade, porém para os idosos essas dores possuem consequências graves.
Com o isolamento social há muita solidão entre os idosos, gerando tristeza extrema, que traz sequelas como a depressão e a ansiedade.
O isolamento social, de acordo com a Universidade de Chicago, pode aumentar nos idosos o risco de morte em 14%, e com o estresse provocado pelo isolamento há inflamação das células, afetando a produção dos leucócitos que possuem a função de defender o organismo de infecções, fazendo com que o idoso perca a defesa natural do seu corpo.
A solidão causada pelo isolamento social é tão prejudicial a saúde quanto fumar 15 cigarros ao dia, conforme pesquisa da Universidade de Brigham Young, publicada na revista “Perspectives on Psycological Science”.
Constatou-se que a solidão aumenta em 29% o risco de doenças coronarianas e em 32% o de acidentes vasculares. Assim, a solidão em idosos é grave, e precisa ser tratada com seriedade.
A depressão no idoso pode causar problemas físicos graves, além dos emocionais como a tristeza e a solidão. Filhos ou parentes próximos precisam ser mais responsáveis e comprometidos com os cuidados de seus idosos.
Como podemos ajudar?
É preciso acompanhar os idosos diariamente, fazendo com que sua rotina seja mais leve e mais alegre, ocupando-os com atividades durante o isolamento, aliviando o estresse e sensação de solidão.
- Faça chamadas de vídeos ou ligações com a família, divertindo o idoso com as pessoas que ama;
- Escolha filmes e séries de interesse do idoso e assista com ele, comentando os fatos e acontecimentos;
- Evite colocar o idoso para assistir noticiários;
- Tenha jogos que o idoso goste para entretê-lo, criando brincadeiras novas;
- Mantenha a dispensa do idoso cheia, com toda a alimentação, remédios;
- Converse bastante com o idoso, dando força, incentivando-o com palavras positivas;
- Coloque a mesa do café da manhã, almoço, lanche da tarde, e jantar todos os dias;
- Relembre momentos felizes em família, passeios, viagens, encontros e comemore sempre a vida com gratidão;
- Faça planos sem dar ênfase ao fim do isolamento;
- Considere passar mais tempo com o idoso, inclusive trabalhar em sua casa durante o isolamento social se permitido; procure não expor o idoso, e faça tudo que puder com o idoso sem que ele saia de sua casa, evitando o contato externo.
Todos esses cuidados são necessários, porém não resolvem 100% da solidão no idoso, porém ajudam a reduzir os efeitos do isolamento social, não aumentando em demasia as dores do idoso, que já é sensível a qualquer mudança de rotina. Então observe, reavalie, e ajude-o a superar toda as dificuldades da realidade atual.